Wearables e sua conexão com a indústria
Wearables: um mercado em expansão do qual a indústria farmacêutica se beneficiará no futuro. Tratam-se de dispositivos tecnológicos “vestíveis” capazes de monitorar as atividades do usuário. Atualmente 21% da população americana possui algum dispositivo do tipo e 10% as utiliza diariamente. (fonte: PwC)
E o que wearables e a indústria farmacêutica tem em comum?
A intenção da indústria é apresentar soluções que melhorem a saúde dos consumidores, assim como muitos dos wearables comercializados.
Temos por exemplo, a empresa Intarcia Therapeutics está a prestes a lançar um mini-injetor do tamanho de um fósforo para o tratamento de diabetes do tipo 2. ITCA 650 será colocado sob a pele do paciente uma ou duas vezes por ano para a entrega contínua da droga exenatida para combater o diabetes. O mecanismo poderia tornar-se primeiro e único agonista GLP-1 livre de injecção do mundo.
Dispositivos como esses aumentariam em números consideráveis os níveis de adesão aos medicamentos, uma vez que um produto auto injetável requer menos atenção do paciente por se tratar de algo “automático”.
Além do diabetes, outras patologias vêm sendo estudadas através da tecnologia wearable. Algumas companhias farmacêuticas estão em parceria com empresas de tecnologia e grupos de pacientes para testar o uso de wearables em pacientes com doença de Parkinson. Uma droga experimental está sendo testada para o tratamento de episódios de “off”, que são os períodos de tempo em que os sintomas da doença retornam, mesmo quando o paciente está em sendo medicado.
O smartwatch contém um acelerômetro que pode detectar quanto tempo um paciente experimenta um episódio de “off”, e também tem um alarme, que lembra os pacientes a tomar a medicação. É também possível analisar os movimentos do paciente.
Com o avanço tecnológico, a tendência é que os médicos passem a monitorar seus pacientes em real time através desses dispositivos. Dessa maneira o doutor poderá adequar o tratamento de acordo com a resposta do organismo do paciente.
Os wearables na prática do mercado brasileiro
Recentemente, fui impactado no facebook por um anúncio de um monitor de glicose acoplado à pele. Trata-se do FreeStyle Libre da Abott.
Para os diabéticos, o grande transtorno das medições de glicose é ter que se furar todos os dias. Algo que se tornaria passado com o uso desse novo sistema. Nele basta mirar o leitor no wearable e em 1 segundo é apresentado o resultado do teste.
Para fechar a conta (já que a venda das tiras utilizadas para medição que sustenta o mercado) o aparelho deve ser trocado a cada 14 dias.
Esse com certeza é o início de um mercado que só tende ao crescimento e necessita de uma atenção especial do marketing para tirar o melhor proveito possível do uso dos wearables pelos consumidores da indústria.